Festa do Livro

O livro faz a festa<br>num espaço remoçado

Domingos Lobo

A 40.ª Festa do Avante! abriu num espaço mais amplo, beneficiando do novo e belíssimo enquadramento que a Quinta do Cabo veio proporcionar aos visitantes, prolongando-nos o olhar sobre as águas do Tejo e a Baía do Seixal.

Como é habitual, a par de inúmeras editoras presentes, de centenas de títulos postos à venda, de muitos livros que percorrem a nossa memória e que só nos pavilhões da Festa do Livro é possível encontrar e, o que não será despiciendo nos tempos que correm, a preços acessíveis, tivemos as novidades, os lançamentos de livros, os debates.

As novidades editoriais, com a chancela das edições Avante! e da Página a Página, foram enquadradas no evento com títulos que sublinhavam o carácter específico dessas publicações: A Escrita em Luta e A Escrita em Dia. De registar ainda a presença de dois importantes autores que vieram dialogar com o público: Mário de Carvalho e Patrícia Portela.

A escrita em luta
 
 

1. Tarrafal, símbolo da opressão fascista

Num debate com a presença de Domingos Abrantes, Rui Mota e José Pedro Soares, o tema foi o Tarrafal, essa prisão da morte ao sol, em torno de alguns dos títulos que referem e testemunham os anos mais violentos da opressão fascista: Dossier Tarrafal; Escritos Políticos, de Pedro Soares; Acontecimentos Vividos, de Gabriel Pedro e Memória Viva do Tarrafal de Gilberto de Oliveira.

Sobre esse símbolo sinistro do terror salazarento, Domingos Abrantes referiu que o livro «Dossier Tarrafal» é um documento indispensável para quem pretenda conhecer o terror que nesse espaço se viveu, a desumanidade de quem o dirigia e os métodos de repressão utilizados, ou seja, os crimes que aí foram cometidos sem que os seus autores tivessem sido julgados e punidos; mas também os crimes que a incúria dos governos do pós-25 de Abril permitiram que ficassem sem condenação. Pela mais sinistra cadeia fascista, passaram, em quase 20 anos, 340 presos cujas penas ultrapassavam os dois mil anos, referiu Domingos Abrantes, terminando com um apelo: Não podemos deixar esquecer a trágica realidade que foi o Tarrafal.

Rui Mota começou por salientar que este debate sobre os 70 anos da abertura do Campo de Concentração do Tarrafal se faz em torno de um conjunto de títulos que as Edições Avante! têm publicado sobre o tema. Tanto «Dossier Tarrafal» como «Memória Viva do Tarrafal», de Gilberto de Oliveira, têm a colónia penal como elemento central. Quanto a Escritos Políticos, de Pedro Soares e Acontecimentos Vividos, de Gabriel Pedro, são relatos impressivos sobre esses anos partilhados por quem os viveu e a eles conseguiu sobreviver.

Por último, coube a José Pedro Soares falar de Memória Viva do Tarrafal, de Gilberto de Oliveira. O autor, refere o orador, começa por contextualizar o tempo de construção do Tarrafal, os acontecimentos políticos que o tornaram possível: o fim da Guerra em Espanha, com a vitória do franquismo; o avanço do nazi-fascismo na Europa e a instabilidade no seio do regime salazarista que levou ao endurecimento das questões internas.

O livro de Gilberto de Oliveira, diz-nos ainda do suplício que era a «frigideira», dos «rachados», das tentativas de fuga. O Tarrafal, e o seu terror, começou a definhar após o fim da 2.ª Guerra, com a vitória dos «aliados», os quais, no entanto, permitiram que esse campo de extermínio lento se prolongasse até 1954. Em 1953 quase só Francisco Miguel lá se encontrava.

2. A Crise do capitalismo: a economia e a política

Debate que juntou António Avelãs Nunes, autor de dois títulos lançados na Festa: As Origens da Ciência Económica – Fisiocracia, Smith, Ricardo, Marx e O Keynesianismo e a Contra-Revolução Monetarista; Ricardo Oliveira, que referiu o livro O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, de Vladimir Lénine e José Lourenço que apresentou o livro A Crise do Capitalismo e Marx – Resumo de O Capital com referência ao século XXI, de Domenico Moro.

A dissertação de Avelãs Nunes percorreu vários tópicos da ciência económica, dos primórdios da revolução burguesa, aos nossos dias, referindo a crise do petróleo (1973/5), a partir da qual a tendência tem sido para aumentar o lucro a todo o custo, penalizando os salários, a falácia do mercado, que nasceu para defender os interesses do capital, em contraponto com outros interesses, os dos trabalhadores e classes médias, afirmando em jeito de conclusão que a economia, a ciência económica, o sistema social dos trabalhadores só pode ser o marxismo.

Por seu turno, Ricardo Oliveira referiu, que a compreensão do estado actual do Imperialismo inscreve-se na situação presente do capitalismo e das suas fundas contradições. As ingerências protagonizadas pelo imperialismo dos EUA em diversos países, as pressões da EU sobre a Grécia e os países do Sul, caracteriza o processo em curso de tentativa de submissão dos povos. As parcerias público/privadas, os escândalos do BES, do BANIF e as movimentações na CGD, a estratégia da banca em Portugal, fazem parte da estratégia.

José Lourenço, a quem coube dissertar sobre a obra de Domenico Moro, lembrou que hoje mais de três mil milhões de pessoas são assalariados e a acumulação de capital mantém-se imparável. No período que corresponde à crise financeira de 2007/8, os processos de fusão entre as grandes multinacionais atingiu mais de 400 mil milhões de dólares.

A escrita em dia

1. Palavras que Respiram, textos de leitura crítica – 30 olhares sobre a literatura portuguesa, de Domingos Lobo – Edição Página a Página.

Livro que reúne textos publicados em diversos jornais e revistas, nomeadamente no Avante!, Vértice e As Artes Entre as Letras. A ensaísta e professora universitária Carina Infante do Carmo referiu, na apresentação da obra, ser este um meritório trabalho de divulgação da literatura portuguesa, numa análise que contém a marca pessoal do autor. Grande parte dos textos reunidos em Palavras que Respiram, são sobre autores recentes, como Ana Margarida de Carvalho, Possidónio Cachapa, Francisco Duarte Mangas, e esse facto deixa-me profundamente sensível. Há ainda neste livro referências a títulos que são portadores de uma literatura geradora do sentido de comunidade, o que me parece muito importante. De referir os estudos sobre a obra de Alves Redol e Manuel Tiago.

2. BANIF – Uma «resolução» feita à medida – Coordenação de Ana Goulard e Miguel Tiago. Edições Avante!

Na apresentação deste livro, Jorge Pires afirmou que este estudo diz-nos, explica e contextualiza o «pacto de agressão» que o País vem sofrendo, assinado entre o PS, PSD, CDS e o FMI, BCE e EU. Mas o escândalo do BANIF é mais largo e profundo: como aconteceu com a generalidade da banca privada, disse Jorge Pires, o BANIF foi distribuindo dividendos pelos seus accionistas, mesmo quando já eram previsíveis necessidades básicas de capital, aprovisionamento de verbas que garantissem mais à frente os rácios mínimos de liquidez.

Esta «resolução» forjada para o BANIF insere-se, segundo Jorge Pires, na lógica de um quadro político marcado pela entrada em vigor de novas regras da União Bancária (1 de Janeiro de 2016), que visam promover a concentração do sistema bancário, integrando a banca de países periféricos como Portugal, nos megabancos europeus (como o Santander). Deste modo, o Governo PS limitou-se a aceitar a concretização de uma decisão que nos foi imposta pela CE e pelo BCE, obrigando o Estado português a assumir os custos com a «resolução», custos esses que serão superiores a três mil milhões de euros.

3. Hillary Clinton: rainha do caos, de Diana Johnstone – Edição Página a Página.

André Levy, que apresentou este livro, disse tratar-se de uma oportuna publicação, pois Hillary Clinton é candidata às próximas eleições presidenciais nos EUA.

No presente livro Johnstone aplica o mesmo espírito crítico ao golpe nas Honduras, no primeiro teste de Hillary enquanto secretária de Estado de Barack Obama, 2009; na guerra contra a Líbia, que apelida «a guerra mesmo dela»; ao golpe na Ucrânia, e à estratégia de cerco à Rússia.

O livro começa por expor como a estratégia geopolítica dos EUA está refém do sistema militar-industrial-financeiro, que justifica a sua actual existência, no contexto pós-guerra fria, com os princípios avançados pelos neoconservadores: aumentar as despesas de defesa; manter laços fortes com Israel; contestar regimes hostis aos nossos «interesses e valores»; promover o comércio livre; manter o papel hegemónico dos EUA (no qual se integra a hostilidade à Rússia).

4. O Grande Conluio contra a Reforma Agrária, de Mário Moutinho de Pádua – Edição Página a Página.

Vítor Rodrigues, que apresentou esta peça teatral de Pádua, disse na oportunidade que já muito se escreveu sobre a RA, mas recomendo a leitura deste livro de Mário Pádua, dado o seu profundo sentido pedagógico, a exaustiva recolha de dados e factos sobre a RA, e os testemunhos invulgares que o autor recolhe, transformando esses testemunhos em personagens. Esta peça, diz Vítor Rodrigues, traz-nos elementos fulcrais sobre a luta e as tarefas heróicas que levaram à RA.

Por seu turno o autor referiu que, pelos diálogos, tentou expor as razões em confronto e descrever alguns dos principais episódios que transformaram a zona da Reforma Agrária no cenário de luta desenvolvida para concretizar um sonho que o poder contra-revolucionário se apressou a destruir utilizando os recursos do Estado ou fabricando leis injustas, que as autoridade ultrapassavam sem hesitar.

5. Fracasso e Derrota do Governo de Direita do PSD/Cavaco Silva – Discursos Políticos/24 (1989-1990) e 25 (1991/1992), de Álvaro Cunhal – Edições Avante!

Coube ao editor Francisco Melo, apresentar estes dois livros que reúnem os discursos de Álvaro Cunhal no período de 1989/1992, referindo nessa sessão as palavras de um desses discursos, que mantém ainda hoje uma clara actualidade: esbulhando os bens do Estado em operações verdadeiramente mafiosas, entregando bancos, empresas-chave da indústria, dos transportes, das comunicações ao grande capital e às multinacionais, restaurando os latifúndios e o poder dos grandes agrários numa agricultura de miséria e desemprego, restaurando também os mais sórdidos métodos de exploração dos trabalhadores, assaltando e manipulando a comunicação social, o governo PSD/Cavaco Silva não era apenas conservador, mas pior ainda que conservador, [era) reaccionário e contra-revolucionário. E frisava Álvaro Cunhal: Estas palavras não são excessivas. Elas traduzem com verdade a crua realidade em que vivemos. Ao longo das páginas dos seus discursos, sublinhou Francisco Melo, encontraremos ampla documentação destas afirmações de Álvaro Cunhal.

A escrita em pessoa

As duas conversas com os escritores Mário de Carvalho e Patrícia Portela, com moderação do editor Zeferino Coelho, permitiram conhecer melhor os seus processos de escrita e o modo como se posicionam face à realidade do nosso tempo.

Zeferino Coelho apresentou MC como um autor que tem um lugar particular na literatura portuguesa, ninguém escreve como ele, acrescentado que o retrato da vida humana está muito presente na sua obra. Quanto a PP recorreu às suas memórias de adolescente para evocar o pai e revelar: ajudava o meu pai a esconder os Avante!, escondia-os atrás do lavatório. Nós somos contemporâneos do nosso tempo: só precisamos de regressar ao histórico para percebermos melhor o que nos está a acontecer.

 

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